A Folia das Letras
Escrever é dar movimento, leveza e um toque de emoção a tudo o que desejamos transmitir. E só o que queremos é ver aquele brilho no olhar, aquele samba no pé e o rodopio de quem está amando a leitura.
É como dançar nas ruas, festejar a vida e compartilhar sorrisos e lágrimas. A dor na alma corre para longe, quando estamos envolvidos no mar de rosas que se transformou o dia.
Escrever é soltar as amarras, colocar o bloco nas ruas e sair de salto alto bailando o tempo todo. E por de trás da tela do computador não corremos riscos. Só transmitimos alegria e carisma.
Somos livres para amar, beijar e abraçar uns aos outros em cada toque dos dedos no teclado. E mesmo que a folia das letras esteja quase no fim, ainda dá tempo de aquecer os corações com um bom texto.
Alguns preferem a tranquilidade em qualquer canto do mundo, da casa, do jardim. Outros saem descalços pedindo passagem no aglomerado das redes sociais. E uma parcela da população ainda não sabe o que decidir. É assim o carnaval em plena pandemia: sem caras pintadas, sem máscaras, sem fantasia, sem purpurina, mas com muita criatividade.
A folia das letras faz revelar o tom da música, o batuque do tambor, o grito de guerra e a luz piscando na janela. Cada letra uma história, cada conto um desconto. Somos mágicos e interpretes do nosso próprio sonho.
Por isso escrevemos sem pausa, sem ponto final. Às vezes, apenas uma vírgula só para inspirar outros.
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