Desacelerando o Ritmo
Não existe um método pronto para tudo, às vezes, a pessoa tem que se adaptar às situações, ao tempo, a sua própria realidade para ter bons resultados naquilo que planejou.
Escrever requer tempo. Fato. Mas não é só isso que conta porque cada pessoa é um ser humano com variações de humor, agenda, sentimentos, coragem e força de vontade. E com certeza, inúmeras coisas sugam a nossa energia, nosso tempo e porque não dizer nossa felicidade.
E é por isso que a gente sempre insiste no fato, de que o escritor precisa se reconciliar com ele mesmo de vez em quando. E você deve estar curioso para saber como acontece esse desenlace.
Não sei se por hábito ou perfeccionismo, o escritor nunca está satisfeito com tudo o que produz. Está sempre querendo ultrapassar os limites, desafiando a si mesmo em escrever, escrever e escrever. E do nada, puf. Nada de texto, nada de ideias, nadinha de nada.
E lá vamos nós encarar a imagem no espelho e indagar o que foi que aconteceu? E se você fizer o mesmo vai perceber os cabelos em desalinho, olheiras, cansaço e as mãos trêmulas de tanto digitar.
É hora de dar uma pausa, de refletir, de olhar em volta e perceber o que você está perdendo. Porque enquanto se está concentrado no trabalho, o mundo lá fora continua girando ao redor do sol. E a vida precisa ser autêntica e não um conto de fadas onde, não importa o que aconteça, tudo termina perfeitamente bem.
Atividades, eventos, amizade e carinho não se traduzem apenas em palavras num textos! Precisa do agente humano e pessoas precisam de pessoas, de carinho, de sorrisos. Desacelere para ter a percepção do que está à sua volta.
E esta reconciliação com o nosso eu, varia muito em função do grau de afinidade com aquilo que realmente damos valor. Porque nem tudo depende só da gente, do escritor, mas também das pessoas queridas que vivem ao nosso lado, do mundo externo e das experiências que compartilhamos.
É preciso se reinventar, mudar o ritmo e talvez, até o trajeto da estrada da vida para se concluir um projeto. Porque tem coisas na vida que não se pode substituir, reparar ou recompensar.
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