Página em branco
“Uma página em branco é realmente uma parede caiada sem nenhuma porta ou janela“ Amoz Oz
Interpretar uma frase solta sem contexto não é um caminho viável. Para entender o que um escritor pensa e traduzir sua mensagem, requer um pouco mais de trabalho do leitor.
Às vezes, a tela do computador parece mesmo uma tela em branco, uma página a ser preenchida e até mesmo “uma parede caiada sem nenhuma porta ou janela”, ou seja, tudo indica que não tem saída.
E muitos escritores já passaram por um processo de produção de texto, com essa sensação de solidão, sem saber em que direção seguir.
Mas, quando se trata de decoração, de harmonia e beleza, as paredes brancas combinam com tudo. E podemos apostar em todos os tons de branco como estratégia para ampliar e dar clareza ao ambiente.
Interessante notar que, somente com suas ideias, sua criatividade e habilidade não se escreve um bom texto, é preciso uma textura. Na qual o leitor se identifica como se estivesse tocando um objeto e sentindo a superfície.
Uma parede caiada sem portas ou janelas, não é de todo ruim. Esta neutralidade pode ser combinada com cores fortes, intensas e até escuras, em objetos, quadros e plantas. O tom branco proporciona um sentimento de paz e equilíbrio emocional.
Ao desenvolver um tema, o escritor está decorando um ambiente, que talvez, já seja conhecido do leitor. Mas com criatividade ele enfrenta o desafio de transformar, ampliar, envolver, renovar espaços associando leitura a uma experiência intensa e vibrante.
A ideia aqui não é realizar todo o trabalho sozinho, sem apoio ou pesquisa. Mas fazer com que o leitor tenha participação ativa, que chore, que ria, que pense nas “variantes”, e na sua própria experiência de vida. O texto tem que preencher lacunas.
Voltando às variações de tons de branco, pense na luminosidade e nas sensações que as cores passam para os ambientes. Assim, a medida que desenvolve o texto transmita tranquilidade, energia, harmonia e sobriedade.
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