Quando a loucura das emoções aflora
Escrever é deixar tudo de lado para interagir com alguém que nem se conhece bem. A gente entra no nosso cantinho mágico, fecha a porta e não quer saber se lá fora está chovendo ou brilhando o sol. Tudo o que importa é sentir a emoção, os sentimentos despertando o “monstro” que existe dentro de nós.
E então escrevemos linha após linha, dando formato ao texto na esperança de que alguém vai ler, gostar e sentir que algo de especial aconteceu. Ficamos na expectativa dos likes.
Esta pessoa, que nem sabe o quanto é importante, vai definir a nossa linha de raciocínio. E vai detectar se existem falhas ou não na comunicação. E por incrível que pareça é ela que vai dizer se o texto é bom mesmo. Parece tão injusto, não acha?
Mas, mesmo assim, estamos dispostos a nos arriscar. Somos viciados (no bom sentido) em digitar. E depois de tanto pensar no que escrever, seguimos em frente nesta batalha íntima de repassar informação, cortar os excessos, revisar e publicar o texto.
Será que existe um medidor de emoções? Será que ele explodiria por ficar sobrecarregado? Nem sei o que dizer. Mas, às vezes, digito tão rápido que parece que o computador não me acompanha e preciso revisar o texto para saber se está tudo certo.
E o pior (ou melhor) é que quanto mais a gente escreve, mais ideias vão surgindo.
Que esta energia boa que sai de nós, pobres “imortais”, possa mesmo afetar a vida dos leitores. Porque senão, para que tanto trabalho? tanto tempo de dedicação? Quando é que tais dúvidas vão parar de dar voltas na minha cabeça?
E o tic tac do relógio não para.
- Eu consigo! deixa comigo, eu consigo! Para de me apressar! Repito mil vezes.
A loucura não para por aí. A gente escreve interagindo com os leitores, fala e pensa por eles, faz perguntas e responde tudo em uma fração de segundos.
E tudo tem que estar perfeito - Diz a voz assombrando nossos ouvidos.
- Eu sei! Respondemos aos gritos.
Escrever é isso, deixar que a loucura das emoções aflore. E se também acontece com você, seja bem vindo ao nosso mundo.
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